QUANDO AS FOLHAS CAEM
"É
outono, as folhas caem. A natureza se desprende da euforia do verão sabendo que
vai, no tempo devido, mergulhar no recolhimento do inverno. O cair das folhas
secas balançadas pelo vento é oferenda das árvores, gratidão à terra que as
alimenta. Quando um ciclo se encerra, é preciso desprender, deixar cair. Reter
é perecer. Deixar partir não significa perder.
O
entardecer colorido de outono alimenta o tempo de desprendimento, reflexão,
reconciliação, despedida. O novo sempre vem. Os ciclos sempre se encerram.
Entre a explosão do verão e o recolhimento do inverno, está o desprendimento e
aceitação do outono. As folhas se desprendem no outono, para se recolher no
inverno e despertar na primavera numa explosão de vida infinita na abundancia
universal."
Por José Scussel
Adaptação Sylvie Brandes
Marcamos o início do outono nas nossas aulas de yoga com esta poesia, que nos convida à reflexão: que nossas ações cotidianas possam sintonizar-se com a estação do outono, que possamos nos permitir o desprendimento, o deixar partir, aceitando o encerramento de alguns ciclos em nossas vidas, sabendo que assim abrimos espaço para o despertar do novo em nosso interior!
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